Estamos acostumados a ver
sempre o lado bom das coisas. Viver em São José dos Campos, uma cidade
tecnologicamente estruturada, faz com que deixamos de perceber problemas
sociais entre outras questões. A professora de Geografia Rosa propôs que
fizéssemos um trabalho de percepção para observarmos mais um pouco da paisagem
e do relevo ao nosso redor.
O nosso percurso foi um pouco extenso para que pudéssemos ver as inclinações e as condições que não estávamos habituados a observar. Iniciamos a proposta pela Rua Maria Francisca e continuamos pela Rua Vera Babo de Oliveira até a Rua Leonidia Dom Veneziane.
Nesses percursos notamos muitos morros, em todos eles haviam famílias que enfrentam falta de mobilidade e construíram suas casas ali por falta de oportunidades.
Com o auxílio do professor de matemática, Profº Antonio, medimos as inclinações e aí veio o questionamento: - Como uma senhora ou alguém que tenha algum comprometimento físico consegue se deslocar? Observamos também vários trechos com calçadas estreitas e até mesmo trechos que sofrem a carência dela, colocando em risco a vida dos pedestres.
O nosso percurso foi um pouco extenso para que pudéssemos ver as inclinações e as condições que não estávamos habituados a observar. Iniciamos a proposta pela Rua Maria Francisca e continuamos pela Rua Vera Babo de Oliveira até a Rua Leonidia Dom Veneziane.
Nesses percursos notamos muitos morros, em todos eles haviam famílias que enfrentam falta de mobilidade e construíram suas casas ali por falta de oportunidades.
Com o auxílio do professor de matemática, Profº Antonio, medimos as inclinações e aí veio o questionamento: - Como uma senhora ou alguém que tenha algum comprometimento físico consegue se deslocar? Observamos também vários trechos com calçadas estreitas e até mesmo trechos que sofrem a carência dela, colocando em risco a vida dos pedestres.
A infeliz realidade foi
precisar descer correndo pela calçada para dividir o espaço com os carros que
passam pela avenida. Onde está a infraestrutura da cidade que dizem ter uma
tecnologia tão grande? Será que temos
que fingir que essa infraestrutura não atende a todos ?
No bairro Guimarães observamos
um pouco mais a cidade. O bairro se formou na parte mais alta do entorno da
escola. Ver que existe muitas casas e que a verticalização ainda não chegou no
nosso bairro nos deu um grande alívio, porém, a cidade cresce rapidamente
perdendo seus espaços verdes. Verificamos a carência de arborização em diversas
ruas e caminhamos parte do percurso no sol.
A quantidade de animais pelas
ruas, passando fome e sujeitos a pegar doenças cortou nosso coração. Para
muitas pessoas é uma condição normal, mas o perigo está na transmissão de
doenças, já que esses animais não são vacinados. O lixo também é outro
problema. Água parada e encontramos até uma rato morto próximo a calçada.
O mais surpreendente do
percurso foi ver uma casa que estava ao ponto de desabar. Essa situação é
realidade para muitas pessoas que constroem suas casas em área de risco, justamente
pela oportunidade de comprar um terreno barato. É estranho conviver com essa
realidade e não perceber que o problema
é mais grave do que imaginamos já que no período das chuvas essa situação se
agrava. Presenciamos também intensa degradação do solo e irregularidades na
retirada da vegetação natural.
Como é possível pensar em algo
positivo nesse cenário de degradação, exclusão e abandono? Quando olhamos o
banhado e o verde que ainda existe na nossa região algo parece nos motivar em busca de um futuro
diferente. Mas é preciso conhecer o lugar onde vivemos para buscar soluções e
não se acostumar com os problemas que estamos inseridos.
Stephanie Santos 1C